Kaká e Lúcio: briga de Dunga com a imprensa não afeta a seleção

A briga do técnico Dunga com a imprensa desde o início da preparação para a Copa do Mundo não tem afetado os jogadores da seleção brasileira. Pelo menos essas são as opiniões do zagueiro Lúcio e do meia Kaká. Segundo eles, o grupo está focado na conquista do Mundial e poucas informações de fora da concentração têm chegado aos ouvidos dos atletas.

Na opinião do capitão Lúcio, a seleção está mais preocupada em ter um bom ambiente às vésperas de um jogo decisivo do que perder o foco no objetivo final, que é o título.

- A relação do Dunga com a imprensa não afeta o nosso grupo. Como temos dito aqui, o nosso foco é a Copa do Mundo. Queremos dar tranquilidade ao nosso time, buscar um ambiente alegre e confortável para entrarmos em campo e fazer o melhor. Dentro de uma Copa, uma grande seleção sempre tem alguma situação que vai tentar tirar o foco e a sua concentração nos jogos. Todos são maduros, e quem não é está aprendendo a se comportar para que isso não atrapalhe - disse.

Kaká tem opinião semelhante à de Lúcio.

- Cada um tem os seus motivos para dar uma resposta. O Dunga sofreu críticas ao longo da carreira e tem os motivos dele. Sobre a entrevista dele, nós não vimos e não posso opinar - afirmou Kaká, referindo-se à coletiva em que o treinador da seleção balbuciou palavrões para um jornalista.

Na próxima sexta-feira, às 11h (de Brasília), a seleção brasileira vai enfrentar Portugal, em Durban, pela última rodada da fase de classificação. O Brasil é o líder do Grupo G, com seis pontos, seguido dos portugueses, com quatro. A Costa do Marfim ocupa a terceira colocação, com um, e a Coreia do Norte é a lanterna da chave, com zero.

Lúcio não escolhe rival das oitavas

Chile, Espanha ou Suíça. Dos três concorrentes, um vai ser o adversário da seleção brasileira nas oitavas de final da Copa do Mundo. Na opinião do zagueiro Lúcio, o Brasil não pode escolher o rival da próxima fase da competição. Segundo o capitão, a equipe que deseja ser campeã precisa encarar qualquer desafio que apareça pelo caminho.

Ao ser questionado se o Brasil poderia optar por ser segundo do grupo para evitar um confronto com a Espanha, Lúcio afirmou que a seleção só entra em campo para vencer.

- Todo mundo quando entra em campo vai em busca do resultado positivo. Em uma Copa do Mundo não tem como escolher adversário. Você precisa ajudar o seu país e temos que entrar com o pensamento de que podemos vencer qualquer adversário - afirmou.

A seleção brasileira lidera o Grupo G da Copa do Mundo, com seis, e já está classificada para a próxima fase. Os portugueses estão em segundo, com quatro, seguido da Costa do Marfim, com um. A Coreia do Norte é o lanterna da chave, com zero.

Seleção tira peso da goleada de 2008, mas portugueses querem devolvê-la

Em pouco mais de oito anos, a seleção brasileira enfrentou Portugal em quatro oportunidades. E o retrospecto não é dos melhores para o Brasil. Foram duas derrotas, um empate e apenas uma vitória. E é justamente o triunfo canarinho que está na memória do torcedor. No dia 19 de novembro de 2008, o time comandado por Dunga goleou os rivais por 6 a 2, em um amistoso em Brasília. Naquela ocasião, Luis Fabiano foi o nome do jogo ao marcar três vezes.

Porém, a goleada sobre Portugal, na opinião do zagueiro Lúcio, não pode servir de parâmetro para o duelo desta sexta-feira, às 11h (de Brasília). Para o capitão, o confronto terá uma história completamente diferente daquela vivida há pouco mais de um ano e meio.

- Vai ser um grande jogo. Sabemos que se criou essa disputa entre as duas seleções pelos últimos resultados. Para esse jogo, nós vamos nos empenhar ao máximo, com respeito ao adversário, para conseguir a vitória. É uma equipe de qualidade e que está melhorando a cada ano. Queremos terminar em primeiro do grupo assim como eles querem garantir uma vaga na próxima fase.

O zagueiro Luisão, que atua no Benfica, participou de três dos quatro últimos jogos entre as seleções. Ele só não estava em campo no empate por 1 a 1, em Lisboa, em 2002. Para o confronto de 2010, o jogador espera um duelo bem diferente dos que aconteceram no passado.

- Aquela goleada foi diferente, foi um jogo em nosso país. É um resultado que não é fácil de acontecer. E o espírito dessa partida de sexta-feira não é esse (de vingança). Eles têm uma meta de classificação e acho que é isso que eles vão levar para o jogo.

Nesta quarta-feira, porém, o meia Tiago admitiu que a seleção portuguesa vai entrar com sentimento de vingança diante dos brasileiros. Segundo o jogador, a goleada sofrida em Brasília, em 2008, não foi esquecida pelo time luso.

- Nós não queremos esquecer aquela derrota para o Brasil. São jogos diferentes, é claro. Mas temos agora a oportunidade de devolver. E queremos ganhar esse, sem dúvida - afirmou.

Nos confrontos intermediários, em 2003 e 2007, no Estádio das Antas, no Porto, e no Emirates Stadium, em Londres, os portugueses levaram a melhor. No primeiro, vitória por 2 a 1. No duelo seguinte, novo triunfo luso: 2 a 0. Resta saber quem sairá vencedor na Copa do Mundo.

A seleção brasileira ocupa a liderança do Grupo G, com seis pontos, seguido de Portugal, com quatro. A Costa do Marfim ocupa a terceira colocação, com quatro, e a eliminada Coreia do Norte é o lanterna da chave, com zero.