quarta-feira, 5 de maio de 2010

Entre o coração e o bolso, Tinga volta ao Brasil para fechar com o Inter

Paulo César Tinga, 32 anos, colocou a cabeça no travesseiro, olhou para o teto e ficou fazendo o cálculo imaginário do peso de duas situações: em um dos braços da balança, uma proposta fora do comum do Fluminense, o reencontro com o técnico Muricy Ramalho, a chance de ter nova experiência no Rio de Janeiro depois de passagem sem grande brilho pelo Botafogo; no outro braço, uma oferta menos pomposa do Inter, mas com a oportunidade de voltar a conviver com uma torcida que o idolatra, o sonho de vestir novamente uma camisa que ele tem como segunda pele. Entre o bolso e o coração, Tinga optará pelo segundo. Na semana que vem, ele desembarca no Brasil para assinar com o Inter.

O clube gaúcho não dá o acerto como definitivo. O empresário dele, Tadeu Oliveira, também toma todos os cuidados com as tratativas e sequer tira o Fluminense da parada. Ninguém quer colocar a carroça na frente dos bois. Mas Tinga vestirá vermelho. O anúncio oficial não acontecerá antes de sábado. O jogador ainda tem uma partida pelo Borussia Dortmund, clube da Alemanha que ele defendeu por cinco temporadas. E onde foi admirado. A história dele por lá terminará em jogo contra o Freiburg, fora de casa, que pode render classificação para a Liga dos Campeões da Europa – e, de quebra, um prêmio para o atleta. Tinga deve desembarcar em Porto Alegre na segunda-feira.
A única chance de ele não defender o Inter é pintar alguma proposta absurda, financeiramente, do Oriente Médio ou da Europa. Mas é improvável que aconteça.

- Não damos nada como certo ainda. Se chegar alguma proposta nova, o Tinga pode ir – disse o empresário dele, Tadeu Oliveira.

No Inter, Tinga não será o substituto de Sandro, que deixará o clube assim que estiver encerrada a participação colorada na Libertadores. Na visão da diretoria, ele é da função de Giuliano e Andrezinho, jogadores que conciliam capacidade criativa com poder de marcação. Em tese, o autor do gol do título da Libertadores de 2006 também não disputará posição com Guiñazu, apesar das semelhanças com o argentino. Eles atuarão juntos.

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